Então eu peço pra você me explicar, me dizer, me mostrar, se há nesse mundo em que vivemos algo melhor do que aquele nosso momento. Com o seu corpo colado ao meu, suados de amor, sua boca grudada a minha enquanto com movimentos ternos e quiçá eternos nossos corpos se encontrarem. Não falo de promiscuidade, falo de sentimento, de calor, de pele, de corpo, de mim, de você. Mas então, eu não sei te entender, não consigo te decifrar, por mais que eu tente e , isso vem sendo tão constante. Não estou falando de paixão, isso é certo, todos vem, você vê, e o pior de tudo, eu vejo. Eu estou falando de sedução, da mais pura e maliciosa sedução. Nunca havia acontecido comigo de perder a fé em mim mesma nesse quesito, sempre me confiei, sei do que posso e até onde vou, mas porque com você é diferente? Eu não consigo te decifrar, como já disse, em um momento você me parece um e logo em seguida não parece mais ninguém, e eu me perco então. Entre suas palavras, entre seus gestos e entre sua dolorosa ausência, a qual me enlouquece. Juro que não vou querer mais, que não vou atender, que não vou aceitar o seu próximo convite para um motel tranquilo, e quem acredita nisso? Nem eu mesma para ser sincera! Eu sei que eu vou aceitar, mais do que isso, eu vou procurar isso também me enlouquece. E as ligações prometidas e não cumpridas? E as ligações feitas que eu não consiga entender os motivos? E esses seus olhos percorrendo o meu corpo enquanto beijas a minha mão? E o seu sorriso lindo, perfeito, que me tiras do chão? E seu riso – meu Deus, esse sim me faz voar – o barulho da sua voz em um soluço de risada, me impulsionam para o infinito, seu corpo se remexendo entre uma risada enquanto move as mãos entre o sabonete e a água do chuveiro, percorro a via láctea, danço entre os anéis de Saturno quando você em meio a sua risada segura em minha cintura, fazendo aquele charme, com aquele olhar que parece que me entende, e me beija. Enquanto a água do chuveiro percorre nosso corpo enquanto o telefone nos avisa que já é a hora de irmos...
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TEXTO ESCRITO DOMINGO (25/09), POR PURA SAUDADE...
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