quinta-feira, 17 de novembro de 2011

a espera.

Os minutos que antecedem o encontro são de matar, não são? Não sei pra que eles existem afinal, deveria dar um pause no instante que se marca o horário e apertar o play na hora em que chegasse o encontro verídico, em fato. É agonizante! Combinamos à dez horas, pois bem, quando são nove e vinte meu coração já quer adiantar o relógio, mas eu fico tentando me concentrar. Na matéria, no caderno, até mesmo na professora que afobada tira as dúvidas para a prova. E quem consegue se importar com prova nesta situação? Quando cada célula do meu corpo entra em uma enlouquecida corrida à velocidade da luz em minha corrente sanguínea. Eu aperto papéis, tento me manter calma. Mas até minhas amigas me deixaram hoje! Uma ficou com a irmã mais nova, a outra fora estudar para a tal prova e a outra foi namorar... E em menos de uma hora irei encontrá-lo e fingir que toda esta ansiedade não existiu – como sempre. Quando vejo no relógio nove e quarenta e cinco, saio da sala. Vou ao banheiro, me encaro no espelho, finjo estar interessada no celular e saio. Vou a cantina, peço uma água, tomo meu remédio, e nada deste celular tocar. Sento e volto a estudar, mas meu pensamento não larga a vontade de ouvir o telefone tocar e ler o nome dele no visor. Olho todos à minha volta, leio um pouco, me desespero. Começo a controlar a hora, já passou vinte minutos do horário combinado. Tudo bem, é o transito. Mas meu coração já não aguenta e quer explodir este transito de ansiedade e saudade. Minha respiração chega a ficar pesada, levo a mão a boca, tento respirar fundo, o telefone toca, respiração pára, é ele! Lá vou eu mergulhar...
nv

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