Te ver ontem me fez um bem! Eu não estava ansiosa para te ver, não depois do que tinha ocorrido no meio da semana, mas havia um desejo, vontade de te ver, de te encontrar. Eu sabia o que você queria, era óbvio! Mas mesmo assim fui ao seu encontro, apesar de ter me magoado, você ainda era aquele cara ideal, com aquele jeito fantástico de se expressar, que fazia meu coração bater mais forte com uma simples mensagem de texto vazia! Sim, você ERA aquele cara. Até o momento em que entrei no seu carro, tudo mudou. O show acabou, de uma forma como se tira o óculos após um filme em terceira dimensão, você ficou tão comum, tão igual, tão só mais um. De uma maneira incrível, como nunca vi tão rápida! De repente, quando dei por mim tudo aquilo estava sem sentido algum, sem gosto, sem calor, sem nada. Eramos só eu e você, dentro de um carro, você querendo mais, e eu querendo de menos. Eu queria mesmo era acabar logo com aquilo, gritar: ME LEVA PRA CASA, AGORA!, queria sair dali, qualquer coisa estaria mais interessante, até minha aula de matemática que eu deixara para ir ao seu encontro, que ridículo! Me segurei para não sair falando minhas verdades, enquanto tinha que ficar dizendo 'não' a cada cinco minutos, até que você perguntou: porque? - aí eu não aguentei, não me segurei... para falar a verdade, nem me lembro de ter feito esforço.
- 'Porque não, porque eu não quero, porque está totalmente sem sentido! Não sinto vontade, não há nada que esteja me prendendo aqui, não quero estar aqui, não quero estar com você, não há motivos que me fala querer. E é estranho, porque até o momento em que eu cheguei aqui eu queria, você ainda era importante e especial, mas agora não é. Você me faz bem, ainda me faz bem sim, gosto de você, da sua companhia, dos seus assuntos, mas houve uma queda gigante no percentual, percebe? Ou só eu que vejo isso? Estou enlouquecendo.'
Bem, eu disse que não tinha me segurado, depois disso houve uma curta conversa sobre 'não haver mais interesse' e eu realmente percebi o que era, enquanto você falava algo sobre nos vermos mais vezes, e pensando com o tempo onde iremos. Um sentimento singular tomou conta de mim, uma mistura de liberdade com amor próprio, que cheirava felicidade, com amor, com solidão, com não ter ninguém no coração. Uma sensação de querer sair gritando, correndo na chuva, sorrindo. Você terminara de falar, esperava uma resposta, e eu só disse: - 'Estou muito emotiva, veja só, estou com vontade de chorar agora, de tão feliz que me sinto, por perceber que não amo ninguém...'
Seus olhos refletiram certa tristeza, e eu não me culpo, tampouco me condeno. A culpa não é minha, não mesmo! Nunca tivemos nada, você sempre demonstrou que não queria despertar sentimento algum em mim, e agora só porque eu deixei claro o meu desinteresse em você, o desengano que eu tive achando que isso era amor, você ficou triste, sinto lhe dizer, não sei se alguém te avisou... Mas já cansei de ser masoquista nesta vida, não fico me matando por alguém que não é capaz nem de sorrir por mim!
nv
preciso citar que escreve de forma envolvente,
ResponderExcluiradoro seu blog
um grande beijo