quarta-feira, 16 de abril de 2014

Deixa eu te falar do meu cansaço?

Estou cansada. Cansada de todas as coisas ruins que se ativam e desativam na minha vida, sim, porque ela não vão embora, nunca. Não importa o quanto eu tente. Sabe, eu te amo, eu te amo demais, mas não sei mais se consigo continuar assim, me sentindo o tempo todo pra fora. Não me sinto uma pessoa importante, daquelas que não se quer perder por nada, que faz-se de tudo para não perder. Ai você diz que quando eu perder alguém próximo eu vou entender, que não se deve apegar tanto à ninguém porque nascemos sozinhos e vamos morrer sozinhos. Ok, concordo com isso, mas não é por esse fato que devamos viver sozinhos a vida toda, não nos prendendo à ninguém, não é questão de dependência, é questão de importância, mostrar pra pessoa o quanto ela é importante. Não quero ver que sem mim você não saiba viver, gostaria de ver que sem mim a sua via não seria a mesma. Sabe, estamos nos prendendo, de certa forma, com planos de passar a vida inteira juntos, mas me diz, como é que se prende, solto desse jeito. Com medo de à qualquer esquina eu caia do carrinho, e você não perceba? Sabe, isso é muito ruim, muito ruim mesmo. Digo mais, é menos pior amar quem não se ama, do que sentir que se ama inteiro, e se é amado pela metade. Sentir que se à qualquer momento bater um vento diferente, e você errar o caminho, o outro não virá te re-orientar, vai sentir a sua falta, mas não vai te pedir pra voltar. O nó na garganta como sempre é inevitável, o sufoco em todas as vezes em que me dou conta disso. E você me diz que eu não sei se você viria ou não atrás, que eu nunca deixei de verdade. E eu sei que eu deveria deixar, parar de viver com essa dor em conta gotas, e mergulhar na dor toda de uma vez, para me encharcar dela de uma vez só, pra depois me esvaziar por inteiro do que ficar com essa goteira a vida toda. Mas e o medo? E o medo de em uma dessas curvas eu me jogar do carrinho, e você não entrar na próxima esquina pra fazer o retorno e me buscar? O medo fica aqui, é imenso, é doído, me deixa até sem palavras. Ele me derruba a cada dia, mas quando estamos bem, parece que sou eu quem derrubo ele, mas na próxima garoa ele vem mais forte do que nunca. Sabe, não pense que duvido que me amas, não é isso, não é falta de amor, não é desconfiança, te conheço, conheço bem, e te confio muito, e sinto teu amor por mim. O que me falta é valor, não por medo de perder, mas por não querer ficar sem. O gosto, a vontade, isso me falta.

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