sexta-feira, 2 de agosto de 2019

dois

Se você soubesse a falta que sinto de você, ou se sentisse uma pequena brisa ou até mesmo um raio de sol tocasse você a cada momento que meu coração se aperta de saudades, talvez embelezaria ainda mais sua vida.

Quero viver contigo.
Espero que queira viver comigo.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

solidão

o pior não é ter um problema.
o pior é não ter com quem falar dele.

e dessa vez, ao menos desta vez, não posso dizer que foi falta de procurar.
mas parece que ninguém está disposto a ouvir, ninguém tem tempo o suficiente. estão todos muito ocupados com suas vidas, vivendo seus dramas e suas felicidades, e não há tempo o suficiente.
me pergunto por quanto tempo será que isso vai continuar, e se vai continuar.
a única vontade é de não voltar, para quê voltar? nada faz sentido.
esses pensamentos me trazem medo e uma angustia que não consigo entender, muito menos explicar. 
mas é horrível sentir-se o menor e mais insignificante ser humano do mundo. 

quarta-feira, 31 de julho de 2019

um

Para dizer que sinto sua falta. Não quero atrapalhar seu momento, não quero parecer egoísta e achar que meus sentimentos sobressaem ao seu momento de felicidade. 
Mas preciso dizer a falta que me faz, então faço esses escritos, quem sabe um dia você leia.

Sinto sua falta em tudo. Te amo, e te amo ver assim, exatamente como está, VIVENDO. Vendo a graça da vida, aproveitando os momentos, e sendo feliz. Espero que essa experiência te ensine a ver graça na vida todos os dias. Perceber que é possível ser extraordinariamente feliz nas rotinas mais pacatas.
Peço perdão por meus erros e tropeços. Precisei experimentar amargos gostos para perceber, e espero que não seja tarde para expressar, e com sorte sentir novamente, o quão doce é ter você aqui.
depois de um tempo, resolvi aparecer. há momento na vida que precisamos apenas desabafar; e quando desabafar com pessoas não é suficiente, meus desabafos escorrem pelos dedos nas teclas que estiverem mais próximas. sempre foi assim, e não seria agora que mudaria.

e antes de escrever, como de costume, li alguns dos meus próprios escritos. lendo o texto de 2017, escritos por esses mesmos dedos que neste momento correm este teclado, quase não me reconheci. lá falava tanto do sentir, de estar vivo, de viver o momento presente; e hoje, sofro justamente por não ter me permitido essas pequenas coisas. quando foi que a chave virou e comecei a me privar dessas coisas que eu mesma, com muito custo, descobri serem tão importantes para mim?

hoje, se eu pudesse voltar no tempo, doaria um pouco mais de tempo, de amor, de cuidado, de visão que enxerga o outro, e não o projeta.  me deixaria invadir por um amor que chegou, bateu e só encontrou as portas fechadas. e hoje, apenas hoje, eu consigo perceber o quão tola fui por não abrir as portas, as janelas, e até mesmo derrubar as paredes. quando o amor-cuidado vem, não precisa temer a nada. tudo é bom, tudo se ajeita, e tudo merece ser vivido.

eu não me deixei viver nenhum instante, e se hoje eu tiver que viver as consequências desta escolha, que seja pela última vez. que da próxima vez que a chance de um amor tão lindo rodear o meu espaço, que eu agarre, me abra e me deleite de todo este prazer.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

de coração.

Eu sai do meu próprio eixo, é difícil admitir isso.
A gente passa muito tempo exercitando o auto-conhecimento, cultivando a paz interna para não cair na pilha dos outros, sabendo quem sou, onde sou, como sou.
Eu investi tempo para caralho nisso tudo, sabe. Li inúmeras coisas e me cerquei de coisas que me faziam acreditar nisso, mas de repente eu não sei o que aconteceu, qual vento foi que soprou que agora essa realidade me parece tão tão distante.
Tenho caído na pilha dos outros, tenho me estressado com coisas que não diz ao meu respeito, tenho ficado angustiada com coisas que eu não posso fazer nada para resolver, e em contra-partida não tenho resolvido nenhum desses conflitos dentro de mim.
Tem horas que fica tudo muito nublado, e realmente parece que o mundo está contra você, pois, nada que você pensa ou idealiza vai para frente de alguma forma.
Eu já não sei sobre o que estou dizendo, se é sobre a vida como um todo, sobre o meu trabalho, sobre os meus sentimentos, talvez seja tudo de alguma forma. Já não sinto o peso de se fazer de forte todo o tempo, não tenho me feito de mulher maravilha, tenho me respeitado, aceito meus tropeços, vivo me corrigindo e me perdoando. Estou numa relação de muito amor comigo mesma, aceito que não acerto sempre, me perdoo, digo que tudo vai ficar bem, que não preciso me cobrar tanto, está tudo bem errar hoje, amanhã a gente tenta de novo, e tudo bem.
Mas tenho saído do centro da pessoa que eu gosto de ser, vamos trabalhar para voltar.
Tudo o que é teu te encontra quando você está sendo quem é.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Faz pouco mais de um mês, e quanto estrago já causou.
Até que ponto vale a pena? É a questão que ressoa ao meu ouvido.
Por que você veio até aqui? Por que aguentou tanto? Por que desistiu?
Eu ainda não sei responder nenhuma dessas perguntas; não sei quando saberei.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Ainda você.

“Depois da tempestade, do silêncio, da saudade; 
e todo amor que houver de verdade.”

Essa frase me parece nossa. É, minha e tua.
Houve tempestade, e não foi pequena e muito menos de verão, durou dias e dias, soprando e alagando o meu e o teu coração. Então veio o silêncio, causado pela distância que em algum momento fez sentido. Fez sentido deixar tudo aquilo, que já não servia mais. Mas hoje há saudade, e olha, não é pouca. Eu não sei se e prepotência demais dizer que para você também, mas eu acho que seja, sim. 
Continuando a mesma música, hoje estou bem; de fato, estou tão bem que poderia transbordar o céu de estrelas só para você. Nessas horas a gente culpa o quê? O destino? O timing? Que fez você chegar tão disposto num momento que eu estava uma bagunça?
Lembra quando eu te pedi pra esperar eu arrumar tudo, e depois você entrar?
Eu não sei dizer por quanto tempo você esperou, também não te culpo por ter ido embora. Respeito sua decisão, e isso, para mim, é um sinônimo de amar. Mas mesmo meses depois, quase um ano depois, quando eu arrumei a casa e abri as janelas, você não estava mais ali, mas o seu cheiro, seu jeito, sua risada; continua sendo uma das melhores lembranças, e você uma das melhores companhias.

Que esteja feliz, aonde quer que esteja.



“É até sem perceber que mesmo longe, seremos eu e você.”